A Apple realizou nesta terça-feira, 10, em Nova York, o App Store Awards. A premiação anual reconhece os aplicativos e startups parceiras que se destacaram em entrega de inovação e experiência para a comunidade iOS. Ao todo, foram selecionados 45 finalistas e 12 categorias reconhecidas. Na “App of The Year para o iPad”, a musictech Moises, desenvolvida pela Music.AI, foi premiada. Outra brasileira, a Tripsy, foi finalista como App of The Year para iPhone. Na edição de 2023, duas brasileiras levaram o prêmio, o app de maquiagem Prêt-à-Makeup e a ferramenta de treinos SmartGym.
Criada em 2019 na cidade de João Pessoa, na Paraíba, a Music. AI contou com a busca dos fundadores Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida por soluções baseadas em inteligência artificial para atender ao mercado de áudio. A startup tem como parceiros gravadoras, agências e empresas de tecnologia, além de entusiastas da música.
Na prática, a ferramenta facilita a dinâmica de músicos por meio da inteligência artificial, principalmente em processos de edição isolando ou removendo partes de músicas, dentre dezenas de outras possibilidades. Em 2021, com apenas um ano de vida, a Moises foi selecionada pelo Google como uma das melhores plataformas na categoria de “Melhores para Crescimento Pessoal”. Hoje, possui mais de 50 milhões de usuários.
No ano de 2022, a Moises recebeu um aporte de US$ 8,6 milhões em uma rodada liderada pela gestora Monashees e pelo Kickstart Fund. Um ano antes, a empresa havia captado US$ 1,6 milhão. Na ocasião, o app fechou o ano como líder na App Store dos Estados Unidos.
“Desde o início, a gente entendeu que Moises era uma solução escalável e não apenas para o nicho da música, isso nos ajudou a ter um negócio que atendesse a vários públicos, o músico profissional, mas também qualquer pessoa que gosta de música. Outro componente e que faz da plataforma uma solução global, com vários idiomas habilitados na nossa tecnologia tem relação com o fato de a música, em si, ser universal”, comenta Geraldo Ramos, CEO e cofundador da Music.AI.
Para Eddie Hsu, outro caminho importante tomado pela Moises foi lidar de forma responsável com a IA, uma tecnologia que vem reinventando o mercado audiovisual, sobretudo do ponto de vista de direito autoral. “Decidimos pelo caminho mais cuidadoso possível, investindo em nossas próprias IPs e soluções e resguardando qualquer questão que possa ferir uma propriedade intelectual”, explica o cofundador destacando que esse caminho demandou investimentos, mas no logo prazo é o mais sustentável possível.
A Moises ganhou notoriedade também por ser utilizada por personalidades da música. A ferramenta já foi aplicada por compositores brasileiros, entre eles Lucas Lima, DJ Memê, Eloy Casagrande, do Slipknot, Alexandre Kassin e até o vencedor do Grammy e tecladista Jordan Rudes. Na mesma categoria do prêmio da Apple, a Moises concorreu com a Bluey, que possui soluções de personalização para entretenimento familiar e a Procreate Dreams, que dá a vida a histórias animadas também por meio da inteligência artificial.
Fonte: Forbes.Br