Em 2021, João Pessoa tinha 252 estudantes de graduação presencial em tecnologia da informação por 100 mil habitantes. Esse indicador coloca a cidade mais oriental das Américas na segunda posição entre as capitais do Nordeste, ficando atrás apenas de Recife que possuía índice de 363 estudantes por 100 mil habitantes.
Conforme Censo da Educação Superior realizado anualmente pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), no período de 2012 a 2021, João Pessoa se consolidou como segundo maior polo de formação de profissionais de tecnologia da informação na região. Os dados foram levantados pelo Doutorando João Anderson da Silva Félix, do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (LABIMEC), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A nível nacional, a capital paraibana também se destaca, ocupando a 6ª posição dentre as capitais do Brasil. No período analisado, João Pessoa saiu da 17ª posição em 2012 para se consolidar, a partir de 2016, dentre as principais capitais que proporcionalmente mais formam profissionais em tecnologia da informação do país.
Os cursos presenciais de graduação levados em consideração foram: Análise e desenvolvimento de sistemas, Ciências da computação, Engenharia de software, Engenharia da computação, Jogos digitais, Segurança da informação, Sistemas para internet e Sistemas de informação.
Como reflexo deste processo formativo, João Pessoa vem lentamente ocupando um espaço próprio como capital empregadora na área de tecnologia da informação. Conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Ministério do Trabalho e Previdência (MTE), a cidade das acácias é a 4ª maior empregadora formal de profissionais na área de tecnologia da informação do Nordeste.
Com este desafio de atrair e fixar profissionais qualificados e empresas na área de tecnologia da informação, o município conta desde 2018, com incentivo fiscal relacionado a redução da alíquota do Imposto sobre Serviço (ISS) por meio do polo Extremotec.
Neste sentido, outras ações estão sendo estruturadas a exemplo do Hub Farol Digital que busca transformar a cidade num expoente de inovação, do Parque Tecnológico Horizontes da Inovação, da Agência INOVATEC-JP, do Parque IFPB Sinergia, da Agência UFPB de Inovação Tecnológica e do Centro de Inovação CEITec, ambos da UFPB. A convergência destas ações deve resultar na atração e fixação de profissionais, assim como na criação de empreendimentos inovadores e novos produtos e processos.
Autores
José Bezerra – Agente de inovação – Administrador – INOVA UFPB
João Anderson da Silva Félix – Doutorando do LABIMEC UFPB